Esteve quase, quase


Já há alguns dias que o médico me começou a meter minhoquinhas na cabeça, dizendo-me que talvez pudessemos começar a pensar em deixar-me ir a casa uns diazitos.

Ora isto é como dizer a quem atravessa o deserto: "Talvez amanhã se possa beber um golito de água!"

E uma mulher não é de ferro, certo?

Olha! Entuiasmei-me! E então? Estava mesmo a contar com isso.

Mas acordei um pouco enjoadita. Só um pouquinho!

Resultado: "D.Abigail, não posso deixá-la ir a casa assim."

O QUÊ?

Assim, sem mostrar qualquer misericórdia, tirou-me o copo de água quando nem uma gota ainda tinha provado. Não é justo.

Ah! Que se eu estou enjoada é porque alguma coisa se passa e têm de ter a certeza do que é para poder saber se é seguro ir a casa.

Nem acredito. Agora sim, começo a sentir-me mal. Tenho frio. Muito frio. Estou a tremer, estou enjoada, chego mesmo a vomitar.

É definitivo: não vou a casa.
É definitivo: estou deprimida!!!!

Mais medicação, mais análises, medição de temperatura, de tensão arterial. Pulso acelerado. Calafrios.

Ok. Tudo concentrado num dia só. Santa paciência. Eram só 3 diazitos. E nem sequer fui eu que tive a ideia.

Estou tão carente que até pedi à minha tia para me dar a sopa do almoço. E à noite, o João acabou por ficar comigo até à meia-noite, ou seja até eu adormecer.

Também tenho direito a um dia menos bom, ou não?

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