Ter um cancro nunca faz sentido, principalmente quando sabemos que não contribuímos em nada para isso. Mas se soubermos olhar para além da dor, do desconforto e do medo, sem nunca perder a fé, podemos ver que esta guerra produz em nós um ser humano muito mais rico, solidário e capaz de entender melhor os outros. É claro que ninguém quer voltar a passar por lá, mas é inegável que a doença nos traz
uma nova família de outras pessoas, que talvez até tenham mais em comum connosco do que alguns familiares de sangue. E no seio dessa nova família flui o "amor" de quem conhece e compreende o que é estar no lugar do outro. Chamem-me idílica se quiserem, mas é isto que eu sinto e tem sido isto que eu pratico com muito amor nos últimos 7 anos, com a ajuda da minha fé num Deus que é amor sobre todas as coisas. Quem me conhece sabe disso. Abraços a todos e disponham.